quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mudança de Caráter - Moisés

Moisés é com certeza o mais conhecido personagem entre os Hebreus. Seus feitos com a graça de Deus são maravilhosos. Moisés era o sétimo desde Abraão, porque Anrão, seu pai, era filho de Coate, Coate era filho de Levi, Levi era filho de Jacó, jacó era filho de Isaque e Isaque era filho de Abraão.

Moisés(como sabem), nasceu do povo Hebreu, seus pais Anrão e Joquebede eram da tribo de Levi. Mas foi criado como um egípcio. Termutis(mulher de Faraó), lhe deu o melhor em educação. Foi criado com a espectativa de um dia assumir o lugar de Faraó(esse adorado e venerado como um deus).

Imagine você, sendo criado, vendo todos se esforçando para te agradar, cercado de olhares amedontrados, realizando todos os seus desejos. Foi criado para se tornar rei. E de fato, sua beleza e inteligência atraia a todos.

O sentimento de onipotência, fez com que Moisés tomasse algumas atitudes, digamos, irracionais. E certa vez, vendo que um egípcio maltratava um hebreu, matou-o, e o escondeu. Parece simples, mas não é. Naquele tempo, todos no Egito temiam o povo Hebreu, e proteger um, seria um crime grave. No entanto, sem pensar, o fez.

Êxodo 2:11 Naqueles dias, sendo Moisés já homem, saiu a seus irmãos e viu os seus labores penosos; e viu que certo egípcio espancava um hebreu, um do seu povo.

Êxodo 2:12 Olhou de um e de outro lado, e, vendo que não havia ali ninguém, matou o egípcio, e o escondeu na areia.


1 - Veja uma característica de Moisés, o de querer resolver as coisas por si só. Sem medir prós e contras. Isso lhe trouxe sérios problemas e ele resolver fugir para o deserto.
Talvez pareça burrice, fugir para o deserto. De fato, os egípcios pensaram que o deserto daria conta dele, já que não havia água e as chances de sobrevivência eram mínimas.

Moisés fugindo, se senta do lado de um poço, completamente esgotado. Afinal, já estava andando a muito tempo.

Derepente escuta uma briga, eram alguns pastores exotando as filhas de Jetro do poço, não permitindo que dessem de beber ao rebanho.

Êxodo 2:17 Então, vieram os pastores e as enxotaram dali; Moisés, porém, se levantou, e as defendeu, e deu de beber ao rebanho.

Moisés, toma mais uma atitude irracional. Pense comigo, ele estava esgotado, havia caminhado pelo deserto durante horas, a Bíblia diz que vieram "os pastores", ou seja, eram mais de um. Ele estava em uma terra desconhecida, e a fama de que os egípcios maltratavam a todos estava espalhada. Não seria surpresa se aqueles pastores tivessem ódio de qualquer egípcio que aparecesse. No entanto ele se levantou em defesa das filhas de Jetro.

2 - Não surpreende que ele pense que ninguém pode contra ele. Foi criado e educado para pensar que todos são menores. Afinal, teve a educação de um futuro "deus".

Veremos agora, como um homem educado para se tornar Faraó, e ter o pleno poder para fazer o que quizer, virou um simples pastor de ovelhas.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mudança - Um Ato de Coragem

Todos sabem(pelo menos deveriam saber...) que haverá nos dias 09,10 e 11 de Outubro de 2009 na igreja Nova Vida do Catete(http://www.invcatete.com.br/) o congresso de Jovens. E vai tratar de um assunto um tanto digamos, desconfortável. Mudar é bem complicado, ainda mais em se tratando de mudanças de caráter, de comportamento. Mas, se tivéssemos que resumir nossa relação com Jesus Cristo, a palavra seria exatamente essa - MUDANÇA.

A Bíblia trata o tempo todo de mudança. Mas uma mudança que, particularmente me chamou a atenção foi a de Moises. Foi uma mudança profunda no caráter dele, no seu modo de pensar e de agir.

Vou falar um pouco de mudança aqui no blog. Acompanhe...vai ser uma benção!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Cuidado com "Ler e reter o que é bom..."


Perguntei a muitas pessoas sobre alguns livros, que ao meu ver não vão edificar em nada a vida de um cristão, um desses que está entre os best-sellers é A Cabana. Cuidado com esse papo de ler e reter o que é bom, tem livro que não tem nada de bom...

ecentemente, as vendas do livro A Cabana aproximaram-se de [sete] milhões de cópias. Já se fala em transformar o livro em filme. Mas, enquanto o romance quebra os recordes de vendas, ele também rompe a compreensão tradicional de Deus e da teologia cristã. E é aí que está o tropeço. Será que um trabalho de ficção cristã precisa ser doutrinariamente correto?
Quem é o autor? William P. Young [Paul], um homem que conheço há mais de uma década. Cerca de quatro anos atrás, Paul abraçou o “Universalismo Cristão” e vem defendendo essa visão em várias ocasiões. Embora freqüentemente rejeite o “universalismo geral”, a idéia de que muitos caminhos levam a Deus, ele tem afirmado sua esperança de que todos serão reconciliados com Deus, seja deste lado da morte, ou após a morte. O Universalismo Cristão (também conhecido como a Reconciliação Universal) afirma que o amor é o atributo supremo de Deus, que supera todos os outros. Seu amor vai além da sepultura para salvar todos aqueles que recusaram a Cristo durante o tempo em que viveram. Conforme essa idéia, mesmo os anjos caídos, e o próprio Diabo, um dia se arrependerão, serão libertos do inferno e entrarão no céu. Não pode ser deixado no universo nenhum ser a quem o amor de Deus não venha a conquistar; daí as palavras: reconciliação universal.

Muitos têm apontado erros teológicos que acharam no livro. Eles encontram falhas na visão de Young sobre a revelação e sobre a Bíblia, sua apresentação de Deus, do Espírito Santo, da morte de Jesus e do significado da reconciliação, além da subversão de instituições que Deus ordenou, tais como o governo e a igreja local. Mas a linha comum que amarra todos esses erros é o Universalismo Cristão. Um estudo sobre a história da Reconciliação Universal, que remonta ao século III, mostra que todos esses desvios doutrinários, inclusive a oposição à igreja local, são características do Universalismo. Nos tempos modernos, ele tem enfraquecido a fé evangélica na Europa e na América. Juntou-se ao Unitarianismo para formarem a Igreja Unitariana-Universalista.
Ao comparar os credos do Universalismo com uma leitura cuidadosa de A Cabana, descobre-se quão profundamente ele está entranhado nesse livro. Eis aqui algumas evidências resumidas:

1) O credo universalista de 1899 afirmava que “existe um Deus cuja natureza é o amor”. Young diz que Deus “não pode agir independentemente do amor” (p. 102),[1] e que Deus tem sempre o propósito de expressar Seu amor em tudo o que faz (p. 191).

2) Não existe punição eterna para o pecado. O credo de 1899 novamente afirma que Deus “finalmente restaurará toda a família humana à santidade e à alegria”. Semelhantemente, Young nega que “Papai” (nome dado pelo personagem a Deus, o Pai) “derrama ira e lança as pessoas” no inferno. Deus não pune por causa do pecado; é a alegria dEle “curar o pecado” (p. 120). Papai “redime” o julgamento final (p. 127). Deus não “condenará a maioria a uma eternidade de tormento, distante de Sua presença e separada de Seu amor” (p. 162).

3) Há uma representação incompleta da enormidade do pecado e do mal. Satanás, como o grande enganador e instigador da tentação ao pecado, deixa de ser mencionado na discussão de Young sobre a queda (pp. 134-37).

4) Existe uma subjugação da justiça de Deus a seu amor – um princípio central ao Universalismo. O credo de 1878 afirma que o atributo da justiça de Deus “nasce do amor e é limitado pelo amor”. Young afirma que Deus escolheu “o caminho da cruz onde a misericórdia triunfa sobre a justiça por causa do amor”, e que esta maneira é melhor do que se Deus tivesse que exercer justiça (pp. 164-65).
Será que um trabalho de ficção cristã precisa ser doutrinariamente correto?

5) Existe um erro grave na maneira como Young retrata a Trindade. Ele afirma que toda a Trindade encarnou como o Filho de Deus, e que a Trindade toda foi crucificada (p. 99). Ambos, Jesus e Papai (Deus) levam as marcas da crucificação em suas mãos (contrariamente a Isaías 53.4-10). O erro de Young leva ao modalismo, ou seja, que Deus é único e às vezes assume as diferentes modalidades de Pai, Filho e Espírito Santo, uma heresia condenada pela igreja primitiva. Young também faz de Deus uma deusa; além disso, ele quebra o Segundo Mandamento ao dar a Deus, o Pai, a imagem de uma pessoa.

6) A reconciliação é efetiva para todos sem necessidade de exercerem a fé. Papai afirma que ele está reconciliado com o mundo todo, não apenas com aqueles que crêem (p. 192). Os credos do Universalismo, tanto o de 1878 quanto o de 1899, nunca mencionaram a fé.

7) Não existe um julgamento futuro. Deus nunca imporá Sua vontade sobre as pessoas, mesmo em Sua capacidade de julgar, pois isso seria contrário ao amor (p. 145). Deus se submete aos humanos e os humanos se submetem a Deus em um “círculo de relacionamentos”.

8) Todos são igualmente filhos de Deus e igualmente amados por ele (pp. 155-56). Numa futura revolução de “amor e bondade”, todas as pessoas, por causa do amor, confessarão a Jesus como Senhor (p. 248).

9) A instituição da Igreja é rejeitada como sendo diabólica. Jesus afirma que Ele “nunca criou e nunca criará” instituições (p. 178). As igrejas evangélicas são um obstáculo ao universalismo.

10) Finalmente, a Bíblia não é levada em consideração nesse romance. É um livro sobre culpa e não sobre esperança, encorajamento e revelação.

Logo no início desta resenha, fiz uma pergunta: “Será que um trabalho de ficção precisa ser doutrinariamente correto?” Neste caso a resposta é sim, pois Young é deliberadamente teológico. A ficção serve à teologia, e não vice-versa. Outra pergunta é: “Os pontos positivos do romance não superam os pontos negativos?” Novamente, se alguém usar a impureza doutrinária para ensinar como ser restaurado a Deus, o resultado final é que a pessoa não é restaurada da maneira bíblica ao Deus da Bíblia. Finalmente, pode-se perguntar: “Esse livro não poderia lançar os fundamentos para a busca de um relacionamento crescente com Deus com base na Bíblia?” Certamente, isso é possível. Mas, tendo em vista os erros, o potencial para o descaminho é tão grande quanto o potencial para o crescimento. Young não apresenta nenhuma orientação com relação ao crescimento espiritual. Ele não leva em consideração nem a Bíblia, nem a igreja institucional com suas ordenanças. Se alguém encontrar um relacionamento mais profundo com Deus que reflita a fidelidade bíblica, será a despeito de A Cabana e não por causa dela. (extraído de uma resenha de James B. De Young, Western Theological Seminary - The Berean Call - http://www.chamada.com.br)